sábado, 24 de maio de 2008

INCENTIVO Á PRODUTIVIDADE

Título: Incentivo à produtividade
Autor: Wagner Roque
Revista: Pequenas Empresas & Grandes Negócios, Ed.Globo, maio/2008.
Dentro da vertente de iniciativas positivas no terreno da qualidade de vida no trabalho me deparei com o exemplo da empresa KSR, do ramo de eventos corporativos, sediada em São Paulo; junto a mais 2 empresas citadas na matéria: as produtoras Maria Bonita Filmes, Maria Bonita Coisas e a agência de publicidade Fess'Kobbi, todas em São Paulo capital.
Qual a mágica implantada nestas empresas? nenhuma, apenas medidas simples e de custo baixo mas que trazem um efeito muito positivo para os funcionários, como no exemplo da KSR que montou uma sala de descanso com TV e piano, que pode ser usada no horário de almoço ou após o expediente e uma sala Zen, onde são ministradas aulas de massagem,meditação e relaxamento.Além destas e na minha opinião 2 grandes diferenciais implantados foram: no pátio da empresa há uma casa mobiliada e com roupa de cama e banho limpas que são usadas pelos funcionários que porventura precisem ficar até muito mais tarde em função da atividade exercida. Outro "ítem" incorporado ao ambiente da empresa é o vira-lata Bob, que tem até crachá de identificação e é visto com freqüencia sendo acariciado pelos trabalhadores, e é sabido o potencial terapêutico que a presença de animais de estimação trás para um ambiente, sendo usados em clínicas para idosos e no auxílio a crianças com necessidades especiais, entre outras atividades afins. Nas demais empresas citadas na matéria a produtora Maria Bonita Filmes promove trilhas com veículos off-road, rafting e corridas de kart após consulta entre os funcionários. A agência Fess'Kobi instalou um mezanino na sede da empresa que conta com redes para descanso, uma espécie de retiro estratégico para realimentação das energias consumidas nesta atividade tão estressante. Para descer do mezanino, além de uma escada usual há um escorregador, onde até os clientes fazem questão de fazer uso.
A matéria é informativa e o autor relata de forma imparcial os procedimentos das empresas, mas o resultado é muito empolgante porque cada vez mais exemplos como estes vêm à tona para ratificar as mudanças tão necessárias no ambiente corporativo e o resultado visível na produtividade alcançada onde, segundo dados do consultor americano Richard Barret, um trabalhador motivado tem uma produtividade até 52% superior e do ponto de vista administrativo, no exemplo da produtora Maria Bonita, segundo informação de Dudu Venturi, sócio, têm sido registrado um crescimento de 30% ao ano e uma diminuição na rotatividade dos postos de trabalho.
A motivação é um fator chave para o sucesso empresarial pois o capital humano é sabidamente o valor mais precioso de uma organização e fator de equilíbrio ou desequilíbrio, de acordo com o modelo de gestão adotado pela empresa, e funcionários e colaboradores com alto nível de qualidade de vida só podem enriquecer um ambiente e atingir o nível de excelência que permita a perenidade e o sucesso de uma organização.

sábado, 10 de maio de 2008

Tempo,

Título: Tempo, entrevista concedida pelo consultor Renato Bernhoeft Publicação: suplemento Dinheiro do jornal Folha de São Paulo, edição de 28.04.2008
Autor: Oscar Pilagallo
O consultor Renato Bernhoeft é autor de 14 livros que abordam temas que vão da administração à qualidade de vida e sucessão em empresas familiares, entre outros; além de ser conferencista e assessor de empresas como a Sadia, Gerdau e Vicunha. Nesta entrevista o assunto em pauta é o tempo, mais precisamente a dificuldade do aproveitamento do mesmo em decorrência do traço cultural característico do brasileiro de ser o "homem cordial" e ter dificuldades em dizer "não".Segundo o consultor e por conta desta característica o brasileiro dedica grande parte do seu tempo devotado ao emprego, porém desperdiçando parte deste tempo em interrupções, contratempos, falta de estabelecimento de prioridades, o que reduz a eficiência na gestão de seu tempo.Associado a este traço temos ainda o excesso de tecnologias atuais como celulares, internet e e-mails, que num efeito contrário, ao invés de facilitar e simplificar as tarefas e reduzir o tempo gasto nas mesmas, acaba criando uma dependência maior e reduzindo o tempo livre que poderia ser utilizado para , entre outras coisas, preparar o profissional para a retirada de sua vida laboral.
Por se tratar de uma entrevista temos apenas o ponto de vista do entrevistado, não há uma apreciação sobre o conteúdo das respostas, mas a relevância do tema é bastante evidente pois a dimensão temporal é de suma importância na vida de cada um, ainda mais levando-se em conta que passamos pelo menos um terço de toda a vida no trabalho, e ao se buscar formas mais eficientes de gerir este bem tão precioso estamos contribuindo para melhorar a qualidade de vida como um todo. Parte da entrevista fala acerca do período pós-trabalho, e da dificuldade que muitos experimentam ao ingressar nesta zona confusa onde um vazio muito grande se instala nas mentes dos profissionais que não se prepararam adequadamente para usufruir do tempo livre que passarão a ter.