sábado, 26 de abril de 2008

É UMA CIDADE, NÃO. É UMA EMPRESA

Matéria: É uma cidade? Não. É uma empresa.

Autor: César Barroso

Publicação: Revista Época-Negócios edição nº14-abril/2008



A escolha de matéria para esta postagem quinzenal retrata a empresa SAS (Statistical Analysis Software), sediada em Cary, no estado da Carolina do Norte(EUA) fundada e dirigida pelo Sr. Jim Goodnight, de 64 anos, que têm no seu currículo uma passagem como empregado da NASA, onde em certa ocasião foi chamado a atenção por causa de um atraso de cinco minutos, sendo que freqüentemente cumpria jornadas além de seu horário oficial de trabalho, fato que o levou à seguinte decisão: Se um dia tivesse seu próprio negócio seria um bom empregador. Após a leitura da matéria, recheada com depoimentos de alguns empregados, é possível verificar que seu objetivo não só foi alcançado como serve de exemplo para as demais corporações pelo mundo afora e desde 1998 a empresa integra a lista das melhores empresas para se trabalhar, tendo sido inspiração para os executivos da Google, que atualmente encabeça este ranking. E o que a empresa oferece para merecer tal distinção? Em primeiro lugar e antes de tudo um tratamento digno e um ambiente que estimula a criatividade das pessoas, cujo resultado é uma taxa de rotatividade de emprego de 4% ao ano ante uma média de 20% no setor de tecnologia. Além disso instalações abraçadas pelo verde das árvores num espaço de 1,2Km², com prédios baixos, salas individuais para cada funcionário, uma clínica hospitalar com consultas e exames gratuitos, clube desportivo e muito incentivo à atividade esportiva, 4 creches, restaurante e a filosofia do dono refletida na cultura organizacional voltada para o bem estar dos funcionários. Quando uma vaga de trabalho está disponível na empesa, 200 pessoas se candidatam para ocupá-la, e este dado é um bom indicador da qualidade de vida oferecida pela empresa do Dr.Goodnight.
O autor da matéria não foge de ser um pouco parcial ao nos mostrar a empresa, porque toda matéria veiculada na imprensa têm que passar pelo crivo da crítica tanto do autor quanto do leitor, no entanto o quadro apresentado é bastante estimulante e alvissareiro, pois trata-se de um situação excelente, quase um modelo ideal a ser seguido pelas empresas que trazem o discurso da modernidade na relação com seus empregados ou colaboradores, de acordo com o termo da moda. A busca pela qualidade de vida no trabalho parece ter sido alcançada no exemplo da SAS, pois concilia o tratamento digno com resultados: segundo informação no corpo do texto esta empresa é a líder na venda de softwares de business inteligence, com faturamento anual de US$ 2,1 bilhões, seu programa de qualidade de vida proporciona economia anual de US$ 2 milhões, e seu fundador têm uma fortuna pessoal avaliada em US$9 bilhões. Além disso tudo o Dr.Goodnight mostra uma preocupação genuína com a educação, e a possibilidade de utilizar a tecnologia para melhorar sempre o quadro educacional público de seu país, ou seja, a despeito de sua fortuna pessoal, o que para muitos poderia ser considerado como a realização pessoal alcançada, ele continua em seu esforço de melhorar sempre a realidade das pessoas ao seu redor, neste caso colaboradoras de fato, a julgar pelos relatos e pela lealdade demonstrada, em que 98% dos funcionários gostam de dizer que trabalham na companhia.
Em suma poderíamos dizer que o exemplo destacado na matéria de César Barroso não é uma miragem, e que o discurso da modernidade e da convergência entre os interesses e as necessidades dos colaboradores e os objetivos dos dirigentes e gestores pode de fato ser viável.

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Mente sã, negócios de sucesso

Seminário Temático-2ª postagem 10/04/2008.
Matéria: Mente sã, negócios de sucesso.
Autora: Thatiane Faria
Publicação: Revista Gestão & Negócios, Editora Escala, edição 23, fevereiro/2008.
Em resumo a matéria trata do assunto saúde, com ênfase na saúde mental, de empresários e/ou executivos que ao dedicarem a maior parte de seu tempo ao trabalho acabam por negligenciar aspectos de suma importância da vida pessoal, como vida em família e lazer, e as consequências para a qualidade de vida deste segmento, que podem ser exemplificadas em duas palavras-chave presentes no texto: isolamento e frustração. Alguns especialistas citados na reportagem reforçam a idéia de que muitos profissionais não têm a dimensão exata do problema, ou se têm relutam em buscar auxílio ou buscar mudanças para minimizar estes problemas, que tendem a causar uma queda no rendimento e na motivação de indivíduos que estão à frente dos destinos de muitos subordinados e negócios de grande vulto.A matéria ressalta, portanto, a importância dos cuidados com a saúde e a vida pessoal requeridas para se atingir o ponto de equilíbrio que serve de motor bem regulado para se atingir os objetivos traçados na vida, estampado na reflexão: "profissão e lazer devem caminhar juntos".
O texto em questão têm um posicionamento parcial, pois ele se afina com o discurso dos especialistas consultados, o que não poderia ser diferente, na minha opinião, pois não é difícil perceber, mesmo para um leigo no assunto, que a busca de equilíbrio é um fator chave para se conseguir um estado de saúde satisfatório, e o prazer, não só o prazer decorrente de um negócio bem executado ou de uma meta alcançada, mas o prazer do convívio com a família ou no lazer é um impulso poderoso para a motivação, ou nas palavras do Prof.Roberto Heloani (Unicamp),citado na matéria: "São nos momentos prazerosos da vida que o empresário encontra motivação para trabalhar melhor.A produtividade dele aumenta até 60% quando passa a alternar momentos de trabalho e lazer", traduzindo em números o que antes poderia ser somente uma idéia abstrata. A mudança de postura é uma prescrição presente no texto, uma vez que muitos gestores em função do cargo que exercem tendem a se isolar e assumir uma postura autoritária e centralizadora, que se tornam incompatíveis com os conceitos mais modernos de administração, como trabalho em equipe, maior delegação de poderes, maior diálogo e interação, o que certamente influi na diminuição do isolamento e melhoria na qualidade de vida como um todo.
Para os interessados na mudança de suas práticas em prol da melhoria na qualidade de vida existem no mercado diversas alternativas terapêuticas e especialistas da área, no entanto esta é uma mudança de foro íntimo e só pode ter resultado a partir de uma decisão pessoal, só há mudança se o indivíduo se dispuser a mudar, mesmo que a realidade das relações de trabalho e negócios atualmente em curso, com as exigências de uma carga horária mais e mais absorventes e massacrantes estejam em oposição à esta busca por mais tempo livre, melhores relações humanas e afetivas, mais lazer e mais prazer traduzidos em melhor qualidade de vida e saúde.